O perfeccionismo disfarçado de planejamento: como você está sabotando seus próprios projetos e chamando isso de estratégia

Jhonathan BrandãoDesenvolvimento Pessoal, Gestão de ProjetosLeave a Comment

O perfeccionismo está enchendo seu planejamento de atividades

Tá planejando… ou só enrolando mesmo buscando o perfeccionismo?

Sabe aquele momento em que você abre o computador, cria um arquivo novo no Excel ou no PowerPoint, dá aquele suspiro profundo e pensa: “Agora vai”?

Pois é… Não vai.

Você sabe que não vai.

Porque, na verdade, você não está começando o projeto. Você está começando mais uma rodada de “planejamento”. Mais uma. A décima terceira desse mês.

E olha que ironia: por fora, parece produtividade. Você tá ali… concentrado… com cara de quem está resolvendo o futuro da humanidade. Fazendo cronogramas coloridos, definindo metas SMART, criando mais uma apresentação “só pra alinhar o time”.

Mas por dentro… é só uma mistura de ansiedade, medo de errar e uma vontade desesperada de evitar o inevitável: colocar a mão na massa e fazer o projeto andar.

A verdade que dói (e você sabe disso) é que tem muita gente confundindo planejamento com execução. E o pior: usando o planejamento como uma desculpa socialmente aceitável pra procrastinar.

Porque vamos combinar… é muito mais confortável dizer:

“Não comecei ainda porque estou deixando o planejamento mais redondo”

Do que encarar a realidade de dizer:

“Eu tô com medo de começar porque eu não quero errar.”

Sabe aquele gestor que adora fazer reuniões de alinhamento? Que marca uma call pra discutir o que já foi discutido na última call… e que provavelmente vai gerar outra call depois?

Pois é. Muitas vezes, ele nem percebe, mas está enrolando bonito.

E o pior: tá arrastando a equipe junto pro buraco da improdutividade.

Outro clássico: o cronograma que nunca fica pronto.

Hoje você ajusta a duração das tarefas. Amanhã muda a sequência. Depois de amanhã… troca a ferramenta porque “o outro software tem uma visão melhor de Gantt”.

E na semana seguinte?

Advinha?

Replanejamento.

Sabe aquele ciclo eterno de “ajustar o plano”… “refinar a estratégia”… “alinhar expectativas”?

É o famoso: “Quando estiver perfeito… eu começo.”

Só que nunca fica perfeito. Porque o problema nunca foi o plano. Foi (e ainda é) o medo. A ansiedade. A cobrança interna. A síndrome de “se não for perfeito, é fracasso”.

Enquanto você lê isso, tem pelo menos uns três projetos seus que estão empacados. Sabe por quê?

Porque você está ocupado demais… planejando.

Você até se convence de que é estratégico. De que está só “garantindo que tudo vai dar certo”. Mas no fundo… sabe o que você tá fazendo?

Procrastinando de gravata.

Você colocou uma roupa bonita na procrastinação e chamou de planejamento. Criou gráficos, desenhou fluxos, fez cronogramas no Miro…

E o que entregou de resultado até agora?

Nada além de PowerPoint.

E antes que você ache que isso é só uma alfinetada gratuita… deixa eu te contar uma coisa:

Todo mundo já caiu nessa armadilha. Eu, você, seu chefe, aquele gestor que parece super produtivo no LinkedIn.

Todo mundo.

A diferença é: quem percebe o problema… age. Mesmo com medo, mesmo com dúvida, mesmo com o risco de errar.

Os outros? Continuam presos no ciclo eterno do “planejamento infinito”.

Então antes de avançarmos pra entender como você caiu nessa…

Fica com essa pergunta na cabeça:

👉 “O que você está chamando de planejamento… que na verdade é só medo disfarçado?”

Porque spoiler: nas próximas linhas, eu vou te mostrar que esse roteiro de ‘planejador profissional da procrastinação’ é mais comum (e mais sabotador) do que você imagina.

Agora… bora pro próximo tópico. Porque se você chegou até aqui, é porque já começou a reconhecer os sintomas.

O que é o perfeccionismo disfarçado de planejamento – Quando planejar vira uma desculpa de adulto pra não fazer

Vamos falar a real: todo mundo ama a ideia de estar planejando algo importante.

Planejar dá aquela sensação gostosa de controle.

Você abre o Trello, o Asana ou o Excel, começa a criar colunas, definir etapas, escolher cores, colocar emojis nas tarefas…

E por alguns minutos, parece que tudo está sob controle.

Parece.

Porque no fundo, o que você tá fazendo é empilhar tarefas “de preparação” pra evitar o que realmente deveria estar fazendo: executando.

Sabe por quê?

Porque planejar é seguro.

Planejar não tem risco.

Planejar não te expõe ao erro.

Errar numa reunião de planejamento? Quase impossível.

Falhar ao montar um Gantt? Não existe isso.

Ser julgado por criar um PowerPoint com design questionável? Talvez… mas nada perto do medo real de entregar um projeto que pode dar errado.

O problema começa quando o planejamento deixa de ser uma etapa de apoio… e vira um modo de vida.

Uma identidade.

Uma zona de conforto com post-its coloridos.

Você acha que está sendo estratégico… mas na verdade está só patinando no mesmo lugar.

E o pior: convencendo a si mesmo de que está “fazendo progresso”.

Quer alguns exemplos clássicos de como o perfeccionismo se disfarça de planejamento?

Exemplo 1: A Síndrome da Reunião Infinita

Você marca uma reunião pra planejar o projeto.

Durante a reunião, percebe que precisa de outra reunião… pra planejar melhor a próxima reunião.

Aí marca mais uma.

E depois mais outra, pra validar o que foi decidido nas anteriores.

No final, você tem uma árvore genealógica de reuniões… e zero entregas concretas.

Exemplo 2: O Cronograma Camaleão

O cronograma nunca está bom o suficiente.

Hoje você muda o prazo da atividade X.

Amanhã ajusta a dependência da atividade Y.

Depois, decide incluir uma nova etapa porque “percebeu que faltava um detalhamento importante”.

Resultado: um cronograma lindo… que não representa a realidade e que ninguém segue.

Exemplo 3: O Documento que Nunca Fica Pronto

Aquele famoso “documento de escopo” ou “proposta de projeto” que já está na versão 12.4-beta…

Mas que nunca é compartilhado com ninguém porque “ainda falta ajustar uns detalhes”.

Detalhes que, sejamos honestos, ninguém além de você vai notar.

Exemplo 4: O Checklist Infinito

Você cria uma lista de tarefas…

Depois cria uma sub-lista pra cada tarefa…

Depois uma sub-sub-lista…

E quando percebe… já gastou duas horas organizando o que deveria ser feito… ao invés de simplesmente começar a fazer.

Exemplo 5: O Alinhamento que Não Alinha Nada

Você convoca o time pra discutir o plano.

Diz que é só um bate-papo rápido.

Mas no final… são duas horas de conversa sobre riscos que ainda nem existem, cenários hipotéticos que não vão acontecer e dúvidas que só surgirão quando o projeto de fato começar.

A equipe sai da reunião com mais confusão do que antes… e com aquela sensação de: “Ok… então… vamos marcar outra reunião?”

Percebe o padrão?

O perfeccionismo adora uma boa desculpa com cara de produtividade.

É como se você fosse um chef que passa o dia inteiro arrumando a cozinha, afiando as facas, escolhendo os temperos…

Mas nunca coloca a comida no fogo.

O problema é que enquanto você está aí, se convencendo de que “está sendo responsável”… o prazo continua correndo.

O cliente continua esperando.

O time continua perdido.

E os resultados… continuam zero.

Se fosse só uma mania inofensiva, tudo bem.

Mas como você vai ver nos próximos tópicos, esse ciclo tem um custo bem mais alto do que parece.

Então fica o convite pra reflexão (e o aviso):

Se você se identificou com pelo menos um desses exemplos…

Talvez o problema não seja o planejamento.

Talvez seja o medo que você tá chamando de método.

Bora continuar? No próximo tópico, a gente vai fazer um checklist mental pra você saber, sem sombra de dúvida, se tá nesse ciclo.

Os sinais mais óbvios (e os mais sutis) de quem está preso nesse ciclo – Se identificou? Parabéns, você é um planejador profissional da procrastinação

Agora é a hora da verdade.

Chegou o momento de olhar no espelho (ou na tela do computador) e fazer aquele checklist mental sem dó nem piedade.

Sim, vai doer um pouquinho. Mas melhor uma dor de consciência agora… do que mais seis meses de projetos empacados.

Então, bora lá. Leia com atenção e, se tiver coragem, conta quantos desses sintomas você carrega com orgulho (ou vergonha).

🚩 Sinais Óbvios – Aqueles que qualquer um percebe (menos você)

1. O cronograma já teve mais de três versões… e o projeto ainda nem começou.

Se o seu arquivo do Excel ou do MS Project já tem mais versões que filme da Marvel… é sinal claro.

O problema deixou de ser o planejamento… e virou enrolação.

2. Você passa mais tempo em reunião do que executando.

A semana começa com uma reunião de alinhamento…

No meio, tem a reunião de revalidação…

E na sexta, uma reunião de retrospectiva… do que, exatamente?

Ninguém sabe. Porque nada foi feito.

3. Você sente necessidade de revisar tudo… de novo… e de novo… e de novo.

O escopo tá pronto?

Hmm… melhor dar mais uma olhada.

O slide tá bom?

Só mais um ajuste na paleta de cores.

A timeline tá ok?

Acho que vou mexer nos milestones.

4. Você começa a criar novas tarefas… só pra sentir que está avançando.

O projeto era simples. Mas de repente, você inventou novas etapas.

Porque “é importante ter certeza de que estamos cobrindo tudo”.

Resultado: O escopo inchou e a execução? Zero.

5. Você tem medo de compartilhar o plano com outras pessoas.

Porque “ainda não está 100%”.

Porque “não tive tempo de revisar direito”.

Porque “preciso ajustar uns detalhes antes”.

A verdade? Medo de ser julgado.

🚩 Sinais Sutis – Aqueles que você jura que são produtividade… mas são puro autoengano

1. Você gasta horas escolhendo a ferramenta perfeita.

Asana? Trello? ClickUp? Notion?

Você testa todas… monta o mesmo projeto em cada uma…

E no final? Não executa em nenhuma.

2. Você fica obcecado por templates, metodologias e frameworks.

“Será que é melhor usar Scrum? Ou Kanban? Ou um híbrido?

Acho que vou criar meu próprio método… versão beta… ainda em validação.”

Spoiler: Isso é só um jeito chique de fugir da execução.

3. Você sente prazer em organizar… mas pânico na hora de fazer.

Montar o plano? Adrenalina pura.

Ver o gráfico de Gantt tomando forma? Quase um orgasmo profissional.

Agora… abrir a primeira tarefa e começar a executar?

Silêncio. Branco. Procrastinação.

4. Você acha que está sendo responsável por querer “antever todos os riscos”.

E por isso… você cria cenários, análises, matriz de riscos, plano B, plano C, plano D…

Enquanto isso, o prazo do plano A já foi pro espaço.

5. Você sente um orgulho secreto por ser “detalhista”.

Mas no fundo… é só medo de errar disfarçado de zelo profissional.

Sim, ser detalhista é ótimo. Mas quando o detalhe vira desculpa pra nunca entregar… virou sabotagem.

6. Você tem aquela sensação constante de “ainda não é o momento certo”.

“Só mais uma reunião…”

“Só mais um ajuste…”

“Só mais uma revisão…”

E o momento certo nunca chega.

🎯 Diagnóstico Final:

Se você se reconheceu em pelo menos três desses sinais

Parabéns!

Você é um planejador profissional da procrastinação.

Mas calma… Não precisa entrar em crise existencial ainda.

O objetivo desse artigo não é te fazer sentir culpa.

É te fazer perceber o ciclo pra que você possa sair dele.

E antes que você se defenda dizendo:

“Ah, mas eu sou assim porque sou perfeccionista…”

Sim, exatamente. Esse é o problema.

E no próximo tópico, a gente vai cavar fundo na raiz emocional disso tudo.

Porque spoiler: o problema não é a ferramenta, nem o método… é o medo que você carrega junto com cada post-it que cola no mural.

De onde vem esse comportamento? (Raiz emocional e psicológica) – Por trás de toda planilha super detalhada… tem um medo gigante de errar

Agora que você já se identificou com pelo menos metade dos sintomas (não adianta negar, eu sei que você marcou vários mentalmente), vamos falar da raiz do problema.

Porque o perfeccionismo disfarçado de planejamento não nasceu do nada.

Ele tem uma origem bem mais emocional e profunda do que você imagina.

E, adivinha? Tem tudo a ver com medo.

🎯 O medo de errar: o verdadeiro CEO da sua procrastinação

Por trás de cada reunião desnecessária, cada replanejamento e cada ajuste de cor no cronograma… tem um medo gigante de errar.

Aquele medo que sussurra no seu ouvido assim que você pensa em executar:

“E se der errado?”

“E se alguém criticar?”

“E se eu me expor e mostrar que não sou tão bom quanto pareço?”

Esse medo vem de vários lugares. Mas, na maioria das vezes, nasce da mesma raiz: associar erro a fracasso e vergonha.

Desde pequeno, a gente aprende que errar é feio.

Na escola, quem erra perde ponto.

No trabalho, quem erra vira o assunto da reunião de lições aprendidas (e não de um jeito legal).

Na vida, quem erra é julgado.

E o que você faz pra não sentir essa dor?

Se esconde atrás do planejamento.

🎯 O vício da ilusão de controle

Outro combustível poderoso do perfeccionismo é a necessidade insana de controle.

Quando você planeja… parece que tudo está sob domínio.

Você consegue prever cenários, listar riscos, criar planos de contingência.

Parece que está no comando.

Mas é só uma ilusão.

Porque a verdade é: você pode planejar o quanto quiser… mas a execução sempre vai ter variáveis fora do seu controle. Sempre.

E enquanto você não aceita isso… vai continuar gastando energia tentando criar o “plano perfeito” que elimina todos os riscos.

(Spoiler: esse plano não existe. E nunca vai existir.)

🎯 A síndrome do impostor sussurrando no fundo

Tem também a boa e velha síndrome do impostor.

Aquela voz interna que diz que você não está pronto. Que você vai ser desmascarado. Que as pessoas vão perceber que você é uma farsa.

E como o cérebro é criativo, ele te dá um caminho fácil pra evitar esse risco:

Planeje mais. Refine mais. Alinhe mais. Replaneje tudo de novo.

Assim, você se sente ocupado, produtivo… mas continua seguro na sua zona de conforto.

Sem se expor. Sem se arriscar. Sem mostrar vulnerabilidade.

🎯 Cultura de “errar é fracassar”: o presente de grego do mundo corporativo

Se você trabalha em uma empresa tradicional (ou já trabalhou), é provável que tenha sido condicionado a evitar erros a todo custo.

Quantas vezes você já ouviu frases como:

  • “Erro não é tolerável.”
  • “Aqui, a gente não pode falhar.”
  • “Tem que sair tudo perfeito.”

O resultado? Um exército de profissionais que preferem gastar semanas planejando… a correr o risco de entregar algo imperfeito.

E aí, meu amigo… nasce a cultura da “paralisia por análise”.

Todo mundo planejando. Ninguém executando.

🎯 A armadilha emocional: O conforto da preparação eterna

Por mais estranho que pareça… o ciclo do planejamento eterno tem uma recompensa emocional:

Você sente que está fazendo algo.

Mesmo que não esteja.

Cada nova planilha… cada novo template… cada nova reunião… te dá uma pequena dose de dopamina.

Aquela sensação de que você está progredindo.

Mas na prática? Nada sai do lugar.

É o famoso: “Movimento sem progresso.”

🎯 Conclusão deste capítulo:

Então vamos deixar claro:

O problema não é o planejamento.

O problema é o medo, a ansiedade e a necessidade de controle que você tá tentando disfarçar com planilhas bonitas.

E quanto mais cedo você encarar isso de frente… mais rápido vai conseguir sair desse ciclo.

Agora que você já entendeu de onde vem esse comportamento…

No próximo tópico, eu vou te mostrar o preço real que você tá pagando por se manter nele.

E aviso: não é barato.

As consequências reais para os projetos – Enquanto você ajusta a cor da apresentação… o prazo tá indo pro buraco

Agora vamos tirar a maquiagem bonita do planejamento excessivo e olhar de frente pro estrago que ele causa.

Porque enquanto você tá aí escolhendo se o fundo do slide fica melhor em azul ou em verde, o projeto… tá derretendo.

E não, isso não é exagero.

O perfeccionismo disfarçado de planejamento tem um custo. Alto.

E ele aparece em várias frentes: prazos, moral da equipe, energia individual e, claro… nos resultados finais.

🕒 Impacto nos prazos: A corrida que nunca começa

O mais óbvio de todos: o projeto simplesmente não anda.

Você fica preso na fase de planejamento enquanto o cronômetro corre.

Cada dia gasto em revisão, ajuste e “replanejamento estratégico” é um dia a menos na execução.

O prazo que parecia confortável lá no início… de repente vira um pesadelo.

E sabe o que acontece depois?

Entra o famoso ciclo:

  1. Planeja demais
  2. Fica sem tempo
  3. Corre pra entregar de qualquer jeito
  4. Faz mal feito
  5. Se culpa por não ter feito melhor
  6. Volta pro ciclo de querer planejar mais da próxima vez

Resultado?

Nunca melhora. Só repete o erro em loop infinito.

😵 Impacto na equipe: Gente desmotivada, confusa e sobrecarregada

Agora vamos falar de gente. Porque você não tá nessa sozinho.

Enquanto você refina o cronograma… a equipe tá ali, esperando o próximo passo.

Sem clareza. Sem direção. Sem saber o que fazer.

E o pior: quando finalmente chega a hora da execução, você despeja tudo de uma vez, com prazos irreais, querendo que o time resolva em 2 semanas o que deveria ter sido feito em 2 meses.

Sabe o que isso gera?

  • Desmotivação: A galera sente que está sempre correndo atrás do prejuízo.
  • Confusão: Ninguém sabe o que é prioridade de verdade.
  • Turnover: Sim… gente boa pede pra sair quando percebe que tá num projeto condenado desde o início.
  • Perda de confiança em você: Ninguém segue um líder que vive no modo “refinar sem entregar”.

🧠 Impacto na sua energia: Exaustão sem resultado

Você termina o dia cansado.

Sente que trabalhou muito… mas não consegue apontar UMA entrega concreta.

Aquela sensação de:

“Passei o dia todo ocupado… mas parece que nada saiu do lugar.”

Isso drena sua energia mental.

A cada nova reunião sem propósito, a cada novo ajuste cosmético no cronograma, seu cérebro vai te convencendo que você é produtivo.

Mas o corpo sente. A cabeça pesa.

E a frustração só aumenta.

📉 Impacto nos resultados: Projetos que nascem mortos

No final das contas, o maior prejuízo é esse:

Os resultados que nunca vêm.

O cliente fica insatisfeito.

Os stakeholders perdem a fé.

O time começa a trabalhar no modo automático, só pra cumprir tabela.

E você? Acaba com a reputação arranhada.

E o mais triste?

Quando o projeto finalmente é entregue…

Ele já chega atrasado, mal executado e com aquela cara de “isso foi feito nas coxas, né?”

Tudo porque lá atrás… quando tinha tempo… você escolheu planejar mais ao invés de agir.

📌 Exemplo real: Quando eu caí nessa armadilha (e paguei o preço)

Vou abrir aqui uma história rápida só pra ilustrar.

Teve uma vez que eu estava liderando um projeto de implementação de um novo sistema de gestão.

O escopo era simples. O prazo? Tranquilo.

Mas adivinha?

Eu caí no ciclo do perfeccionismo.

Passei semanas revisando cronograma, criando apresentações pro board, fazendo reuniões de alinhamento com o time…

E enquanto isso, a parte técnica – que era o coração do projeto – ficou parada.

Quando percebi, já tinha queimado 70% do tempo só com “planejamento”.

Resultado? Tivemos que correr nas últimas semanas, entregar de forma atropelada e com várias falhas.

No final, o cliente até recebeu o sistema… mas não como gostaria.

E eu? Fiquei com aquela lição amarga:

Planejamento sem execução é só um teatro corporativo.

🎯 Conclusão deste capítulo:

Se até agora você achava que o perfeccionismo era só um “estilo de trabalho”…

Tá aí a realidade:

Ele tem custo. E é você – e o seu time – que estão pagando a conta.

Mas calma… No próximo capítulo, eu vou te mostrar como sair desse ciclo, com técnicas práticas pra colocar a mão na massa de verdade.

Porque já deu de slide bonito e reunião sem propósito, né?

Como quebrar o ciclo: 3 estratégias práticas pra entrar em execução mesmo com medo – Menos PowerPoint, mais ação

Chega.

Já deu de teoria, já deu de autoanálise, já deu de ficar só no diagnóstico.

Agora é hora de fazer o que você está evitando desde o início desse artigo: agir.

Mas calma. Eu sei que não é simples.

Se fosse, você já teria feito.

O perfeccionismo é um bicho traiçoeiro… e ele adora te convencer de que “ainda não é o momento certo”.

Então aqui vai: 3 estratégias práticas, diretas, sem romantismo, pra você começar a executar mesmo com medo.

Estratégia 1: A Técnica do “Protótipo Imperfeito” – Feito é melhor que perfeito (e depois a gente ajusta)

Quer saber o antídoto número 1 contra o perfeccionismo?

Entregar alguma coisa. Qualquer coisa.

Antes de pensar em fazer “o ideal”, faça o “mínimo viável”.

Aliás… faça o “mínimo minimamente viável”, se for preciso.

O objetivo aqui não é entregar a obra-prima da sua carreira.

É só começar.

Criar a primeira versão.

Lançar o rascunho.

Soltar a ideia no mundo.

Depois você melhora, ajusta, lapida.

Exemplos práticos?

  • Se é uma apresentação: monte o esqueleto com tópicos. Depois você ajusta o design.
  • Se é um cronograma: coloca só as macroetapas. Depois você detalha.
  • Se é um documento: escreve de forma crua. Depois você revisa.

Mas comece.

Porque enquanto você estiver só “preparando terreno”, o projeto não sai do papel.

Estratégia 2: A Regra dos 80% – Se tá bom o suficiente… anda com isso

Aqui é simples:

Se o plano, a entrega ou o documento está 80% pronto… é hora de avançar.

Por quê?

Porque buscar os últimos 20% de perfeição geralmente consome o dobro de tempo… com impacto mínimo no resultado real.

É aquele famoso diminishing returns:

Você gasta horas, às vezes dias, pra fazer ajustes que só você vai perceber.

Enquanto isso, o projeto segue parado.

Então, o mantra aqui é:

“Se tá bom o suficiente pra andar… anda.”

O cliente, o time e o projeto agradecem.

Exemplo prático:

  • Terminou o cronograma? Tá com o básico? Dá pra orientar a equipe? Então libera. Não precisa revisar pela quarta vez.

Estratégia 3: Timebox de Planejamento – Limite de tempo pra planejar… e ponto final

Se você é do tipo que se perde na preparação, essa técnica é obrigatória.

Defina um tempo máximo pra cada etapa de planejamento.

Passou do tempo?

Acabou. Agora é executar.

Quer um exemplo prático?

  • 30 minutos pra definir o escopo.
  • 1 hora pra montar o cronograma macro.
  • 15 minutos pra revisar os entregáveis.

E depois disso?

Parte pra ação.

Se der errado? Corrige no caminho.

Se surgir ajuste? Faz em paralelo.

O que não dá é pra ficar eternamente na fase de rascunho.

E não adianta inventar desculpa.

“Ah, mas meu projeto é complexo.”

Beleza, então ajusta o timebox pro contexto… mas ainda assim, define um limite.

Porque se deixar aberto… você sabe o que vai acontecer: mais uma semana de ajustes cosméticos.

Bônus: Pare de romantizar a perfeição

Por fim, deixa eu te lembrar de uma coisa:

A maioria dos projetos de sucesso que você admira… começou torto.

Sabe aquela apresentação incrível que viralizou?

Foi feita em cima da hora.

Sabe aquele produto que parece super bem planejado?

Foi ajustado 200 vezes depois de lançado.

Então, para de se cobrar por uma perfeição que não existe nem nos projetos mais bem-sucedidos.

Se o medo bater (e ele vai bater), lembra disso:

“O projeto imperfeito entregue hoje vale mais que o projeto perfeito que nunca saiu do papel.”

Conclusão deste capítulo:

Agora você tem 3 ferramentas na mão:

  • Protótipo Imperfeito
  • Regra dos 80%
  • Timebox de Planejamento

Escolha uma (ou todas) e comece hoje.

Sem desculpas. Sem PowerPoint novo. Sem reunião de alinhamento.

E já te adianto: o próximo capítulo vai fechar esse ciclo com uma provocação que você provavelmente precisa ouvir.

Bora?

Qual o primeiro passo imperfeito que você vai dar agora?

Pronto. Chegamos ao fim dessa conversa.

Ou melhor… ao início do que realmente importa: a sua execução.

Porque se você leu até aqui, vamos combinar:

Você já sabe que o problema não é a falta de planejamento.

Não é a falta de método.

Não é a falta de ferramenta.

E definitivamente… não é porque “você precisa de mais uma reunião pra alinhar expectativas”.

O problema tem nome, sobrenome e endereço conhecido: perfeccionismo disfarçado de planejamento.

E olha só que ironia:

Enquanto você lia esse artigo, provavelmente bateu aquele impulso de…

“Vou salvar pra reler depois com mais calma.”

“Vou anotar os pontos principais antes de aplicar.”

“Vou criar um plano de ação detalhado antes de começar.”

Percebe o padrão?

Você tá prestes a usar o próprio conteúdo desse artigo… como desculpa pra não agir agora.

Sim, eu sei que dói ouvir isso.

Mas é justamente por isso que eu tô aqui pra te cutucar até o final.


🎯 O que vai acontecer se você continuar no modo “Planejador Profissional da Procrastinação”?

Nada.

Literalmente… nada.

Se você não fizer nada de diferente hoje, daqui a uma semana você vai estar exatamente no mesmo lugar.

Daqui a um mês? Idem.

Daqui a seis meses? Provavelmente reclamando que os projetos continuam empacados… enquanto cria mais uma planilha colorida pra tentar resolver.

E sabe o que é pior?

Vai começar a achar que o problema é externo:

“Ah, é a equipe que não colabora.”

“Ah, é a falta de recursos.”

“Ah, é porque ainda não achei a metodologia certa.”

Mentira.

O problema é interno.

E você já sabe disso.

🎯 Então… qual o primeiro passo imperfeito que você vai dar agora?

Não precisa ser grandioso.

Não precisa ser a solução final pra todos os seus projetos.

Não precisa nem ser bonito.

Precisa apenas ser um passo.

👉 Mandar aquele e-mail que você tá enrolando há dias.

👉 Marcar a primeira reunião de kick-off (com pauta objetiva e duração limitada).

👉 Criar a primeira tarefa prática e delegar pra equipe.

👉 Abrir o cronograma e começar a mover as atividades… sem medo de errar.

👉 Compartilhar a versão inacabada do seu documento com o time… e pedir feedback real.

Escolha um. Agora. Antes de fechar essa aba.

Sim… agora.

Antes que seu cérebro te convença de novo que “é melhor pensar com mais calma”.

🎯 Uma última provocação (pra te tirar do modo leitura e te empurrar pro modo execução)

Sabe qual a diferença entre você e aquela pessoa que você admira?

Ela começou.

Errando, tropeçando, improvisando… mas começou.

Enquanto isso… você segue na prateleira dos “planejadores de elite que nunca entregam nada”.

Se não quiser continuar aí…

É simples: dá o primeiro passo.

Mesmo torto.

Mesmo com medo.

Mesmo com dúvida.

Porque entre o “quero fazer” e o “fiz”…

Existe um abismo chamado execução.

E a única ponte pra atravessar… é começar.

🎯 Fechamento:

Então, vamos lá:

Respira fundo…

Fecha esse artigo…

E vai lá fazer o que você sabe que precisa fazer.

👉 Qual o primeiro passo imperfeito que você vai dar agora?


(E se quiser… me conta depois. Vou adorar saber que esse texto te tirou da inércia.)

👉 Se esse artigo te cutucou de um jeito que você precisava… me segue no Instagram @jhonathanbrandao pra mais provocações e dicas práticas sobre como tirar projetos do papel.

👉 Quer um conteúdo ainda mais direto ao ponto? Confira meu Guia: Execução na Vida Real:
“Execução na Vidal Real: Guia de Sobrevivência para Projetos Impossíveis”