A discussão sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na liderança e gestão de pessoas está cada vez mais presente com o aumento do uso em diversas atividades do dia a dia dos gestores. Para alguns, a tecnologia pode ser uma ameaça ao fator humano. Para outros, representa uma oportunidade de ganhar produtividade e apoiar decisões.
Recentemente, recebi uma crítica interessante sobre o uso da IA na construção de Planos de Desenvolvimento Individual (PDI) e Feedbacks com os Agentes GPT que desenvolvi para auxiliar gestores a construir PDIs em menor tempo e mais úteis.
A mensagem dizia o seguinte:
“Sem conversa prévia, direta, com atenção ao seu colaborador, isso se torna um automatismo barato e sem compromisso. Simples de entender e muitos não fazem porque têm preguiça e falta de respeito.”
Esse comentário me fez refletir sobre a forma como líderes e empresas estão interpretando o verdadeiro papel da IA no trabalho.
IA não substitui empatia: o que todo líder precisa entender
Tenho uma visão muito clara sobre o uso da Inteligência Artificial na gestão de pessoas: a IA não substitui a capacidade humana de criar relações significativas.
O papel da tecnologia deve ser o de aumentar a produtividade e trazer clareza para a tomada de decisão, nunca o de substituir a empatia ou o relacionamento interpessoal. Contextos não replicáveis por uma IA.
Um exemplo disso aparece em um relatório recente da Harvard: em 2025, o principal uso da IA no mundo tem sido para terapia e companheirismo virtuais. Em 2024, esse já era o segundo maior uso.
Esse dado é preocupante. Já existem casos de pessoas emocionalmente saudáveis que entraram em psicose, que os especialistas já estão chamando de “Psicose de IA”, após longos diálogos com chatbots como o ChatGPT. Isso mostra que, quando a IA tenta ocupar o espaço do humano em aspectos emocionais, os riscos aumentam.
O ChatGPT 5 chegou com a promessa de diminuir a tentativa de agradar quem está interagindo. Confesso que não notei mudanças significativas. Assim, cabe a você identificar o que é apenas comportamento de confirmação da IA.
Como usar a Inteligência Artificial de forma estratégica na gestão
Cabe a nós, líderes, entender o limite entre o que pode ser delegado à tecnologia e o que precisa continuar sob responsabilidade humana.
No caso dos Agentes GPT que desenvolvi para PDIs e Feedbacks, o objetivo nunca foi substituir o trabalho do líder. Pelo contrário: eles foram criados para apoiar a análise de dados, organizar informações e propor caminhos de desenvolvimento.
Veja alguns pontos importantes:
- Os agentes dependem de 13 perguntas guiadas para gerar resultados.
- Essas respostas vêm do líder, que faz a leitura do contexto e traz exemplos reais.
- A IA organiza os dados e sugere ações, mas a validação final é sempre humana.
Em outras palavras: o líder continua responsável por interpretar nuances, aplicar empatia e ajustar as recomendações conforme a realidade da equipe.
Benefícios de usar IA como ferramenta de apoio
Quando usada corretamente, a Inteligência Artificial oferece ganhos reais para gestores e empresas:
- Agilidade: reduzir o tempo gasto na produção de PDIs e feedbacks.
- Clareza: organizar informações de forma estruturada.
- Produtividade: liberar o líder para investir energia no que realmente importa. Isto é, no relacionamento com o time.
- Foco no negócio: apoiar decisões que impactam diretamente os resultados.
O que não pode acontecer é acreditar que a tecnologia assume a função do líder. O papel humano continua sendo insubstituível.
Conclusão: IA como parceira, não como substituta
A mensagem final que quero deixar é simples: a IA deve ser encarada como uma ferramenta de apoio para tarefas operacionais, como estruturar dados, capturar informações relevantes ou sugerir trilhas de desenvolvimento.
Mas a responsabilidade de liderar pessoas, aplicar empatia e tomar decisões estratégicas continua sendo do líder.
Se você quer explorar como a IA pode ser uma aliada na sua gestão, conheça os Agentes GPT para líderes. Eles foram criados para transformar o processo de feedbacks e PDIs em algo muito mais rápido, claro e objetivo.
E eu quero ouvir de você:
Qual papel a Inteligência Artificial desempenha hoje na sua vida pessoal e como líder?